domingo, 26 de abril de 2009

As vítimas da violência têm idade, classe social e cor.

As vítimas da violência têm idade, classe social e cor.
Surpreendentemente a juventude é encarada como protagonista da violência no país. A inversão dos fatos assombra, sendo que na grande maioria das vezes é a Juventude vítima das violências.

“Como poderiam os oprimidos dar início à violência, se eles são o resultado de uma violência anterior?” (Paulo Freire).

Para além da violência física cometida pelo estado, muitas vezes contra a juventude e até mesmo contra o povo organizado, o racismo, o machismo, a homofobia, a discriminação com a juventude, são expressões da violência psicológica contra as ditas minorias, verdadeiras maiorias da sociedade que ainda são os principais alvos da discriminação e da segregação social: mulheres, negros, indígenas, homossexuais, empobrecidos e jovens.

O racismo, por exemplo, é encarado como fato superado, pelo senso comum e propagado desta forma pela grande mídia. Será mesmo que foi superado? A realidade das universidades comparada à realidade dos presídios, não seria o racismo materializado? O fato é que a discriminação social e racial transcendeu os muros ideológicos, agora é coisa concreta: a discriminação com a cor da pele e a etnia dividem objetivamente a sociedade, tornando os presídios cada vez mais pobres e mais negros, e as universidades, mais brancas e mais ricas, por exemplo.

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