terça-feira, 2 de junho de 2009

CARTA DAS PASTORAIS DA JUVENTUDE DO BRASIL

Entre os dias 29 e 31 de maio de 2009, na Escola Nacional Florestan Fernandes, um espaço nascido da solidariedade da classe trabalhadora do mundo, jovens das Pastorais da Juventude do Brasil das cinco regiões do país, junto com representantes do Setor Juventude, da Conferência dos Religiosos do Brasil, do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, da Via Campesina, da Revista Mundo Jovem e da Associação de Familiares e Amigos e Amigas dos Prisioneiros e Prisioneiras do Estado da Bahia – ASFAP/BA, reuniram-se no Seminário Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil, construindo, em mutirão, a Campanha Nacional contra o Extermínio da Juventude, nascida na 15ª Assembléia Nacional das Pastorais da Juventude do Brasil com o lema: Juventude em Marcha, contra a violência.

Reafirmamos nosso compromisso com a vida da juventude, assumindo o desafio de colaborar com a construção da cultura da paz e denunciando as estruturas sociais que geram morte e violência. Nos inspiramos na mística revolucionária dos mártires da América Latina e do mundo, renovamos o compromisso com a dignidade humana, fortalecemos a esperança de um outro mundo possível e afirmamos que toda a vida tem o mesmo valor.

Fazemos memória de Djair de Jesus, 16 anos, morto pela PM do Estado da Bahia, na cidade de Salvador no ano de 2008, de Edson Luis,18 anos, morto pela ditadura militar na cidade do Rio de Janeiro em março de 1968, de Wilmar de Castro, jovem morto pelo latifúndio goiano por lutar pela Vida e organização Camponesa, de Cinthia Magalhães, 16 anos, seqüestrada, violentada sexualmente e morta na periferia de Manaus 2004, Rodrigo da Silva, 23 anos, militante da PJB, pobre e negro, morto pela homofobia em Cachoeira do Sul – RS em 2007, Clodoaldo Souza, “Negro Blul”, 23 anos, mártir da campanha “Reaja!”, morto por grupos paramilitares no estado da Bahia em 2007 e de tantas outras vidas, vítimas da violência, com os quais nos unimos, decidimos que vamos mudar essa história e que as nossas lágrimas regarão com esperança o chão da dura realidade para sempre sonhar com a utopia de uma sociedade justa e igual, ameaçando com dureza todo o poder que gera opressão.

Acreditamos numa sociedade sem racismo, sem machismo, sem sexismo e sem homofobia. Cremos no fim de todas as prisões, no fim de todas as formas de extermínio, na construção de outras formas de organização da sociedade e na utopia de um mundo sem oprimidos/as e sem opressores.

Temos como princípio o resgate da solidariedade, o diálogo com os movimentos sociais, a autonomia política frente as estruturas institucionais; a construção de um outro modelo de sociedade; o Seguimento de Jesus Cristo, libertador, parceiro dos pobres, Deus dos Oprimidos; a defesa da vida da juventude e a participação popular. Nos colocamos em marcha. Estamos em campanha contra o extermínio!

Guararema – SP, 31 de maio de 2009.

Pastorais da Juventude do Brasil

Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil,

Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural

2 comentários:

  1. CUIDADO COM A PESSIMA INFLUÊNCIA OPORUNISTA E PELEGA DOS INTEGRANTES DO MST, QUE ADMINISTRA A ESCOLA FLORESTAN FERNANDES, POIS ESTE MOVIMENTO NÃO ATENDE MAIS AS NECESSIDADES DO POVO, HOJE O MST VIROU REPARTIÇÃO PUBLICA DO GOVERNO LULA. CUIDADO PJMP!

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  2. Resposta para Boca de Caeira.
    Como não sei com quem estou falando não posso mensurar o grau de certeza com que vcrelata isto, estão a minha resposta , vai ser mesmo uma colocação. Ainda agreditamos nas organizações populares a exemplo do MST, utilizar a escola demonstra a nossa relação de parceria, é obvio que nossas práticas não são nem serão as mesmas do movimento apesar de concordar com a maioria delas! Percebo tb que a grande mídia ainda toma conta do pensamneto da maioria das pessoas. Existem Brasila fora assemtamentos do MST muito bem estruturados mas isto não é mostrado sendo mostrado apenas aquilo qiue a "sociedade" abomina qu não as ocupações e fechamentos de BR que a meu ver não extremante necessários.

    Sergio Rogério

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